A rapariga do chapéu vermelho

A RAPARIGA DO CHAPÉU VERMELHO

terça-feira, 24 de maio de 2011

Conhecer alguém num só contexto específico não é conhecer. Ando num ginásio onde vou apenas à aula de pilates e no meio da turma sou mais próxima de três raparigas. A nossa relação bastante amistosa resume-se a duas de treta no final da aula enquanto arrumamos os sacos.Reparamos que temos bastante coisas em comum: amigos, gostos musicais, percursos semelhantes na escola,... que preenchem as nossas conversas superficiais e são suficientes para manter a aproximação cordial, simples, desprendida mas simpática. Há dias estava na treta com elas e um diz que um dia acordou e apeteceu-lhe pintar o cabelo de vermelho. Eu fiquei muito admirada! Não pelo facto de pintar o cabelo mas sim pela espontaneidade da acção, que julgava eu nada ter a ver com aquela que me parecia a mais "rígida" das quatro. Outra aproveitou a confissão e disse também ter feito um piercing no nariz (buraco nem vê-lo!). Novamente, o meu queixo caiu. Esta que é extremamente politicamente correcta, cheia de estereótipos, admitiu ter passado por uma fase mais hippie, que agora "nem sabe como foi possível! Que horror!".
Todos nós passamos por fases que mais tarde pensamos "como é que fui eu fazer aquilo?", mas sempre achei que essas atitudes deixavam marcas na nossa forma de ser e ver o mundo e que essas marcas seriam percpetíveis aqueles que tivessem contacto connosco. Por isto, esperava que o cabelo vermelho e o piercing não me surpreendessem assim tanto, mas a verdade é que o fizeram.

2 comentários:

  1. oláaa!!!
    mudaste tanto, o nome do blogue, tudo no teu blogue, que eu já não o reconhecia. Ava não era da geleia de morango. ainda me lembro, mas realmente pensei que tivesses acabado com o blogue.

    bom, em relação ao teu post, eu já não me admiro com essas coisas hoje em diaa. também tive várias fases, admiro-me é com as pessoas que não passaram por fases nenhumas e permanecem sempre iguais! hahaha =P

    kisssss

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  2. Pois, mudei. Foi uma mudança progressiva que fui adaptando mais a mim. Gostas? Espero que sim e que continues a vir cá :)

    Quem nunca muda é assustador porque parece que nunca aprende com o que faz, não é? Mas sempre pensei que tudo deixava marcas que de, uma forma ou de outra, transpareciam para os outros, que convivem connosco.

    Beijinho e volta ao blogue!

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