A rapariga do chapéu vermelho

A RAPARIGA DO CHAPÉU VERMELHO

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os tempos remotos do secundário


Todos nós vivemos o secundário de formas diferentes. Eu era uma rapariga normal com um grupo de amigos restrito à minha turma e mais alguns extra-turma. Não era a típica rapariga popular, mas não era uma desconhecida na minha escola. Mas em todas as escolas, há aqueles rapazes ou raparigas que são extremamente populares - muitas vezes por nenhuma razão em particular. São porque são. Todos os demais alunos os conhecem, admiram-nos, cobiçam-nos e apaixonam-se por eles aos pontapés. (Eu não fui excepção - durante o 10º ano andei perdida de amores por um dos rapazes do grupinho popular. Claro que não deu em nada, além de parvo tinha uma conversa bastante limitada e antes do final do ano todo o amor já tinha desaparecido.)
Mas este post não é dedicado aos amores falhados do secundário, nem às «stars» lá do liceu. Este post é dedicado ao «after». É incrível como a maior parte daquelas pessoas que no secundário tinham meio mundo aos seus pés, agora andam pelas ruas da amargura. Restaram-lhes meia dúzia de amigos, estagnaram na vida e os mais pobres coitades continuam a viver como se ainda estivessem nos seus tempos áureos do secundário mas sem ninguém para os admirar ou cobiçar. Enquanto o resto da malta, comum, que vivia na doçura amarga do anomimato durante o secundário, hoje tem uma carreira ou perspectivas de uma carreira, tem projectos de vida. Em suma, continuaram a viver e, no fim, são mais felizes e realizados que os outros que tinham tudo no secundário.

(Salvaguardo sempre as excepções).

1 comentário:

  1. Tirando o moçoilo que foi para os morangos e agora namora com uma famosa, mas acho que é só isso que ele faz da vida, confirmo a tua teoria.
    Acho que os que eram low profile além de terem mais sucesso são agora mais felizes! :)

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